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Automação nos condomínios traz segurança, profissionalização e valorização do imóvel!

A segurança continua preocupando o segmento de condomínios comerciais e residenciais. Por isso, é cada vez maior a demanda por tecnologias em segurança eletrônica. Pesquisa realizada com cinco mil síndicos aponta que 12% utilizam a portaria remota e 37% já pensam em adotar esta solução no futuro próximo.

Todavia, síndicos e condôminos ou moradores têm dúvidas sobre as tecnologias mais adequadas e quais empresas oferecem o melhor custo-benefício. O tema foi debatido com especialistas do setor, durante o painel “Condomínios & Soluções de Segurança” online.

O painel, mediado por ele, teve a participação de executivos especializados em administração de condomínios, da Administradora e síndica Marcela Volpato, que faz a gestão do Condomínio Coimbra, em São Paulo.

Na avaliação de Júlio Paim, CEO e fundador de portal online que auxilia síndicos na administração. O segmento condominial está passando por um momento interessante. Isso tem favorecido todo o mercado, mesmo diante do cenário de pandemia. “Temos observado uma visão mais enfática do setor sobre o uso das tecnologias vinculado à segurança, pois os condôminos também buscam por mais segurança e qualidade de vida”.

Outro ponto destacado pelo executivo é como a portaria remota traz liquidez para o condomínio, realocando os gastos de folha de pagamento com serviços de segurança prestados por terceiros ou pelo próprio síndico, para realizar melhorias no empreendimento.

Para medir a satisfação dos condomínios que já utilizam a tecnologia de portaria remota, uma pesquisa foi realizada com a metodologia NPS (Net Promoter Score).  O resultado surpreendeu com 46% que recomendariam esse serviço para outra pessoa.  Ainda segundo a empresa, a contratação de portaria remota em várias cidades do país teve um aumento de 89%.

“Os números deverão crescer este ano com a demanda de outros tipos de soluções em segurança eletrônica, como o reconhecimento facial, no lugar do controle de acesso feito por biometria. A palavra-chave não é segurança, mas automação integrada”, afirmou Paim.

Procida lembrou que a portaria remota se consolida como um sistema mais eficiente, em virtude de todo o processo ser automatizado e supervisionado 24 horas.  Muito diferente do que acontece com controle de acesso realizado por porteiros.

E para quem deseja ser um gestor de condomínio é fundamental, além de conhecer as tecnologias disponíveis, humanizar o aprendizado. Segundo Marcelo Duarte, administrador de condomínios, a tecnologia é uma necessidade que traz benefícios para todas as pessoas. “Temos que acabar com o preconceito de que os idosos não são capazes de lidar com o novo. Eles precisam se sentir envolvidos para terem confiança”.

Por isso, Duarte defende que as administradoras de condomínio tenham uma atuação muito próxima dos clientes, dando as orientações necessárias na contratação das empresas e dos profissionais. “Pela nossa experiência, o melhor é ter um projeto de segurança, permitindo ao síndico e aos moradores tomarem decisões baseadas em informações que vão do modelo de serviço, tipos de equipamentos usados, custos e assistência técnica”.

 

Experiência de síndico

Em novembro de 2020, Marcela Volpato foi eleita síndica do Condomínio Coimbra, em São Paulo, onde mora há mais de dois anos. Desde então, ela tem se empenhado para manter a segurança dos moradores e o fluxo de caixa em dia.

Na primeira fase, o condomínio adotou a portaria autônoma, em que os moradores têm acesso direto, sem o controle feito por um porteiro.  Para isso, foi necessário aumentar de 17 para 32 câmeras instaladas em quase todos os pontos do prédio.

“Depois, implementamos o sistema de clausura, ou seja, uma porta abre somente depois que a outra estiver fechada. Com essas mudanças já tivemos uma redução de 60% na folha de pagamento. Agora, temos os recursos financeiros para contratar o serviço especializado de portaria remota que, segundo cálculos preliminares, deve gerar uma economia de 40%”, revelou a síndica. Até o momento, o condomínio não registrou incidentes, sinistro ou roubo nos 97 apartamentos.

Com a experiência já adquirida, ela reconhece que a automação nos condomínios é uma tendência cada vez maior e, por isso, requer uma adaptação na rotina dos condôminos.

Volpato também ressaltou que a tecnologia traz à tona a questão do desemprego. “Estamos falando de evolução desse setor e com novas oportunidades para os profissionais. Os porteiros podem ser realocados para outras funções ou até trabalhar em outros condomínios”.

O coordenador da plataforma de ensino com foco no desenvolvimento do setor de segurança eletrônica, enfatizou que até pouco tempo atrás o síndico era visto apenas como o morador que exercia a função de zelador. E as pessoas de mais idade, na grande maioria dos casos, assumiam a responsabilidade. Segundo ele, isso ainda existe: “mas é nosso papel como entidade representativa do setor de segurança contribuir para mudar o perfil dessas pessoas. É necessário ter uma gestão profissional e, por isso, o síndico deve estar capacitado”.

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